08 maio, 2017

Resenha - Todos Iguais, Poucos Diferentes

Título: Todos Iguais, Poucos Diferentes
Autora: Morais de Carvalho
Editora: Chiado
Páginas: 146
Ano: 2016
Gênero: Drama
Sinopse: Agora, neste preciso momento, esqueça o que está ao seu redor. Pare e sente-se comigo neste banco de jardim. Observe todas estas pessoas que correm, que sobrevivem, que morrem. Sinta o seu cheiro a desespero, veja a sua luta diária para pertencer à sociedade. Repare agora nos pormenores: a vizinha que me acolhe nos seus braços e me vem dizer um «olá», uma mulher que foge de mim por ter medo de se tornar num ser louco como eu e um gato que se esfrega nas minhas pernas. Venha, sente-se comigo no meu banco de jardim e no final poderá decidir se quer ser afinal como todos os outros, levantar-se e ir a correr atrás de todos nós, à procura de coisa nenhuma, ou se por outro lado prefere sentar-se neste banco e caminhar os seus próprios pensamentos. Sente-se, vou contar-lhe a minha estória, a minha loucura.
Todos iguais, poucos diferentes, é um livro diferente, que de uma forma envolvente faz o leitor acompanhar as histórias de um protagonista que não é nomeado e sua amiga uma velinha muito amorosa, que adora tomar chá de camomila e que conquista o leitor.

O livro mostra ao leitor o quanto estamos nos aproximando cada vez mais da tecnologia e esquecemo-nos do que há a nossa volta. A preocupação com a aparência, o ter cada vez mais, ser melhor que o outro e sem perceber o ser humano ao invés de evoluir esta retrocedendo cada vez mais, o protagonista nos mostra o quanto faz falta ter o apoio dos pais.

Ser diferente é tão ruim assim como muitas pessoas acham? Ser diferente é normal, é conseguir enxergar coisas que muitas pessoas não conseguem ver, é se admirar e tentar entender por que algumas pessoas agem da maneira que agem.


Quando o protagonista vê uma mulher ser assaltada e percebe que ela ao invés de ficar com raiva ou qualquer outra reação adversa, ela pede a Deus que perdoe o assaltante, isso o deixa perplexo e a partir daí começa a seguir a mulher, cuida a sua rotina e conforme ele vai conhecendo sua família e a relação entre eles o protagonista começa a pensar em sua própria vida, sua infância e como vive atualmente.

Ele tem apena uma companhia, que é a Dona Maria, ela é sua vizinha, uma senhorinha que me conquistou assim que apareceu na trama, sempre com a sua TV ligada e seu chá de camomila.

A escrita da autora é muito envolvente e conforme a trama vai evoluindo ela faz o leitor refletir sobre suas ações. Um livro diferente que me deixou realmente surpresa, com um final triste, mas que tem tudo a ver com a direção que a trama toma.
Leitura recomendada.

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